sábado, 23 de outubro de 2010

      Economia

Petróleo
Segundo maior produtor de petróleo na América do Sul, o Brasil vive em constante crescimento no setor. O País tem como meta alcançar a auto-suficiência e reduzir a dependência em relação ao mercado exterior. Para atingir esse patamar, o desenvolvimento do setor teve de ser sólido e estudado. O Brasil produzia em média 200 mil barris de petróleo por dia no final dos anos 70. Trinta anos depois, esse número se multiplicou e, em 2009, chegou a 2 milhões de barris/dia. Dos estados brasileiros, segundo dados de 2009, quem mais colabora para esse crescimento é o Rio de Janeiro - maior produtor de petróleo do País e que só conta com a extração no mar. Em segundo lugar vem o Espírito Santo, com exploração na terra e no mar, e depois o Rio Grande do Norte. A produção vai ampliar após a descoberta de petróleo em um conjunto de rochas localizadas nas porções marinhas de grande parte do litoral brasileiro – mais precisamente entre as bacias do Espírito Santo, de Campos (RJ) e de Santos (SP).
Impacto econômico 
O consumo interno do produto também cresceu para 108,8 bilhões de litros em 2009, expansão de 2,7% em relação aos 105,9 bilhões de litros referentes ao ano anterior. Esses números refletem também na geração de empregos emprego no setor, que já é o líder em autorizações de trabalho estrangeiro.Segundo o Ministério do Trabalho, são 4.977 profissionais provenientes de outros países que atuam no Brasil, só no ramo de petróleo e gás. No geral, o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), ligado à Petrobras, registrou a criação de mais de 192 mil postos de trabalho diretos no setor no quarto trimestre de 2009.O cenário positivo repercute no volume de investimentos destinados ao setor petrolífero. De acordo com o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), o investimento no setor alcançou US$ 212,5 bilhões no segundo trimestre de 2010, uma média anual de US$ 42,4 bilhões. Isso representa um investimento médio de US$ 10,6 bilhões a cada trimestre.
Pré-Sal
 O ano de 2009 reservou boas notícias para o setor petrolífero brasileiro, quando foi anunciada a descoberta de reservas de petróleo em um conjunto de rochas localizadas nas porções marinhas de grande parte do litoral brasileiro – mais precisamente entre as bacias do Espírito Santo, de Campos e de Santos. A exploração da nova região – a camada Pré-Sal – vai aumentar o potencial de produção. A meta da Petrobras, empresa estatal responsável pela exploração desse recurso, é alcançar, em 2017, produção diária superior a 1 milhão de barris somente nessa nova área de exploração. O nome Pré-Sal foi adotado porque o local a ser explorado forma um intervalo de rochas que se estende por baixo de uma extensa camada de sal, que em certas áreas da costa tem espessuras de até 2.000m. O termo pré é utilizado porque, ao longo do tempo, essas rochas foram sendo depositadas antes da camada de sal. A profundidade total dessas rochas, que é a distância entre a superfície do mar e os reservatórios de petróleo abaixo da camada de sal, pode chegar a mais de sete mil metros. Os primeiros resultados encontrados até agora pelos pesquisadores no Pré-Sal indicam volumes bastante expressivos. A região pode armazenar entre 50 bilhões e 80 bilhões de barris, número cinco vezes maior do que as atuais reservas comprovadas brasileiras (14 bilhões de barris). A área de Tupi, na Bacia de Santos, por exemplo, possui volumes estimados entre 5 e 8 bilhões de barris de óleo equivalente (óleo mais gás). Já o poço de Guará, também na Bacia de Santos, tem capacidade para produção de 1,1 a 2 bilhões de barris de petróleo leve e gás natural.
Investimentos 
Para garantir o sucesso nesta operação, a Petrobras está aumentando sua capacidade operacional e financeira. Em setembro de 2010 a estatal arrecadou R$ 120,36 bilhões através do processo de capitalização. A empresa prevê a aplicação de US$ 28 bilhões até 2013 exclusivamente para desenvolver a exploração no Pré-Sal. Para se ter uma ideia de gastos, um dia de operação de uma única sonda usada para perfurar poços com possibilidade de se encontrar petróleo consome em média US$ 500 mil. Diante das demandas previstas com o Pré-Sal, a Petrobras também avalia que sua atual capacidade ainda é insuficiente. Pensando nisso, a empresa planeja, dentre outras ações, firmar contratos de longo prazo com seus fornecedores, antecipar outros vínculos, dar suporte a fornecedores estratégicos, captar recursos e atrair novos parceiros. De acordo com o Ministério de Minas e Energia, a Petrobras será a operadora em todos os contratos de partilha do Pré-Sal, com o mínimo de 30% de participação no consórcio contratado. Esse avanço também se reflete no emprego. Segundo o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), ligado à Petrobras, até 2013 será preciso qualificar 207 mil trabalhadores em 185 categorias profissionais (incluindo os níveis básico, médio, técnico e superior).
 
 

 
 

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